terça-feira, 24 de novembro de 2009

Movimento Estudantil e liberdade!

Respeito, dignidade e tolerância dento do movimento estudantil.




A sociedade brasileira tem avançado bastante nos últimos anos no debate de temas importantes para o fortalecimento da democracia dentro do nosso país. Temas como a diversidade sexual, o racismo, já fazem parte das principais reivindicações e conquistas nos últimos anos. Porém, estamos muito longe de uma sociedade justa e livre de qualquer tipo de discriminação. Vários grupos tem se organizado para combater o preconceito, a discriminação, a falta de respeito, pela dignidade de todos os cidadãos, sem distinção por sua opção sexual, cor, classe social e religião. Essas lutas devem ser uma das prioridades dos movimentos sociais.
E o movimento estudantil? Será que tem acompanhado as “tendências”?
Antes de tudo, o movimento estudantil é um movimento social pluriclassista também. Avançamos muito na última década em matéria de lutas pelas chamadas minorias. A questão do racismo foi atacada com severidade e conseguiu trazer para junto muitos grupos que militam nesta área, abrindo espaços e dando voz as suas reivindicações. A questão da diversidade foi vista com muita seriedade e reconhecimento. Não quero aqui afirmar que tudo foi bom e não existem críticas, mas observar o espaço que o movimento LGBT conquistou dentro do movimento estudantil é motivo para bastante satisfação. Mas vale aqui uma observação breve sobre a postura inaceitável dentro do nosso movimento de alguns grupos que se dizem de esquerda e mantém uma postura sectária e debochada no tratar com membros do movimento LGBT. Esses “companheiros” deviam primeiro rever todos os seus conceitos antes de qualquer ação em favor de um mundo livre e democrático, pois pensamentos como esses só nos levariam uma hipotética revolução e a uma ditadura terrível.
Porém, reservei este espaço para tratar de um debate pouco comentado dentro das fileiras do movimento estudantil, a discriminação de classes e ideologias. Sim, dentro de um movimento pluriclassista existem posturas que deixam a margem dos debates mais importantes os estudantes de classes e pensamentos diferentes da ideologia “majoritária” do movimento estudantil. A luta de classes é real e histórica, mas como travar uma luta contra nós mesmo? Como afirmar representar todos os estudantes, se parte deles é vista como “inimigos”?
Esse debate muitas vezes é tratado como superado, pois a “majoritária” ideológica repartiu o movimento estudantil em fatias bem rentáveis, contrariando qualquer idéia do que venha ser uma democracia. O que foi feito durante muitos anos pelos liberais contra os de esquerda na política nacional é reproduzido pelos de esquerda contra os liberais e qualquer outra “minoria” ideológica dentro do movimento estudantil. O aparelhamento das “Juventudes” ao longo dos anos tornou quase inviável qualquer manifestação de pensamento contrário a ideologia “majoritária”, pois qualquer coisa fora da “palavra do senhor é abominável e demoníaco!”. A falta de democracia dentro do movimento estudantil vai muito além dos congressos e assembléias, está presente em toda estrutura.
O movimento estudantil é um dos poucos se não o único que apresenta uma variedade tão rica de pensamentos e histórias de vida, com uma visão antiquada e dogmática estamos perdendo uma grande oportunidade de mudar a sociedade. O filho do burguês está na condição de estudante, assim como o filho do trabalhador também. Mesmo em instituições diferentes eles fazem parte do mesmo movimento, são na teoria representados pelo mesmo grupo. Mas o que tenho visto é novamente a reprodução da politicagem, a manutenção dos liberais e esquerdistas no poder, brincando de bem e mal e fazendo o povo de massa de manobra. As gestões de Estados, Municípios, Associações, Sindicatos e da própria Federação tem mostrado que são poucos os de esquerda ou de direita que largaram a disputa pelo poder para se dedicar ao bem-estar dos que representam. O principal propósito do esclarecimento do povo não é para tomar o poder, estabelecendo outra ditadura, mas para estabelecer novas relações sociais e aperfeiçoar a democracia. Perdemos muito em não começar esse debate enquanto os “burgueses” e os “trabalhadores” ainda são jovens, fazendo com que as relações que aconteceram no futuro tenham uma base de dialogo e respeito desde o início. Fica aqui meu pensamento e desejo de construir um movimento estudantil democrático de fato, contando com a contribuição de socialista, comunistas, anarquista, liberais e toda linha imaginável pelo intelecto humano que não vá de encontro com os direitos fundamentais de todo homem. Pois desde o início dos tempos tivemos revoluções. Os Reis nos livraram das barbáries. Os Imperadores nos salvaram dos Reis que permitiam invasões constantes. A Igreja nos salvou dos Imperadores que sem Deus não sabiam guiar o povo. Os Burgueses nos salvaram da Igreja e dos Imperadores que exploram o povo e consumiam suas riquezas. O proletariado nos salvará dos burgueses que venderiam até suas “mães” para terem lucro. E quem nos salvará da ditadura do proletariado?
Todos prometeram as mudanças e estabeleceram planos infalíveis para estabelecer uma sociedade nova e justa, mas todos falharam e se mantiverem este modelo de mudanças pela força continuaram a falhar.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Da liderança

Antes de tudo, você como indivíduo único em suas particularidades, deve perceber e entender que não estás sozinho no mundo. Algo que parece obvio, mas apesar da simplicidade desta lição, é esquecido pela maioria das pessoas que desejam liderar esquecem rapidamente. Um líder egocêntrico tende a liderar usando do medo e das ameaças, vivendo sempre para manter sua liderança e preocupado se seus métodos estão surtindo efeito nos seus liderados.

Os livros de auto-ajuda repetem sempre o mesmo conceito:

“Primeiro você deve estar em paz consigo mesmo”.

E esse é o princípio básico de tudo, se você não é capaz de liderar suas ações nunca será um líder. Geralmente quando somos apáticos, as pessoas tomam as decisões que não tomamos. Desde o time em que você vai jogar nas “peladas” de quinta-feira, ao que você vai vestir na balada, sempre irão existir pessoas que ocuparão seu espaço.